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A ADORAÇÃO NO CATIVEIRO BABILONICO

08-06-2011 11:26

 

Cativeiro é o estado de escravidão em poder de inimigos e em terra estrangeira.

O cativeiro babilônico consistiu na deportação em massa do povo de Judá para a Babilônia. Um século antes, o profeta Isaías o havia anunciado, Is 6.11-12 / 11.12, e o profeta, com Miquéias, apontavam Babilônia como sendo o lugar do exílio, Mq 4.10 / Is 11.11 / Is 39.6. O profeta Jeremias determinou o tempo que seria de 70 anos, Jr 2 5.1,11-12. Foi Nabucodonosor quem cumpriu as predições dos profetas. Depois de algumas deportações, os exércitos babilônicos queimaram o templo, destruíram a cidade e levaram o resto do povo, deixando somente os mais pobres da terra para cultivarem as vinhas e os campos, 2 Rs 25.2-21. Cinco anos após a destruição da cidade, nova leva de gente foi para Babilônia, Jr 3.30.

Com o templo destruído, o povo que permaneceu em Jerusalém e em volta dela ainda precisava se encontrar para adorar. Eles queriam continuar ensinando a lei e a mensagem dos profetas. Os judeus de outros lugares tinham necessidades parecidas. As sinagogas devem ter surgido em tal situação. Em Neemias 8.1-8 a comunidade de exilados se juntou em Jerusalém. Esdras, o escriba, trouxe a lei, a leu de um estrado de madeira e deu a interpretação para que o povo entendesse a leitura. Esdras bendisse ao Senhor, o povo abaixou suas cabeças e adorou. Esses se tornaram os elementos básicos da adoração na sinagoga. Na sinagoga não se oferecia sacrifícios, apenas orações e estudos.

Daniel é um dos que foram deportados para a Babilônia. Ali, serviu como conselheiro a dois reis babilônicos e dois reis medo-persas. Era um homem de oração e um estadista com o dom da profecia.

Em 539 a.C. Daniel compreendeu, pela lição dos livros, que o cativeiro havia de durar 70 anos. No ano 538, Ciro, rei dos persas, publicou um decreto, autorizando os judeus a regressar a terra de seus pais e reconstruir o templo, Ed 1.1-4. Quarenta e três mil voltaram do exílio, Ed 2.64. Muitos deles, porém, preferiram ficar na Babilônia. No exílio, os judeus desfrutavam alguns privilégios. Foi-lhes permitido construir casas, ter criados, negociar, Jr 29.5-7; Ed 2.65, e ninguém os impedia de ocupar as mais altas posições do Estado, Dn 2.48; Ne 1, 11. Tinham consigo os sacerdotes e os doutores, Jr 29.1 / Ed 1.5, e recebiam os conselhos e o encorajamento de Ezequiel - Ez 1.1.

 

 

                                                    A adoração dentro da história     i

 

O pecado do povo de Judá chegou a um ponto tão lastimável que o castigo não pôde ser evitado. O cativeiro babilônico foi uma tragédia, famílias retiradas de suas casas e levadas para terra estranha, o templo destruído, a incerteza do futuro. Embora tivessem alguns privilégios na Babilônia, nenhum deles escolheu passar por aquilo, ainda que estivessem colhendo o fruto de sua desobediência.

Nessa nova realidade de vida, tiveram que se adaptar. Os judeus exilados, que não tinham mais o templo nem podiam ir à Jerusalém, precisavam de novas formas de buscar a Deus e aprender Dele. Foi o profeta Ezequiel quem ajudou o povo a entender que, embora estivessem longe de casa, não precisavam estar longe de Deus. O povo de Deus não foi deixado sem explicação e direção.

O profeta Daniel adaptou-se a essa realidade sem se contaminar. A própria ocasião em que foi lançado na cova dos leões, originou-se do fato de Daniel continuar buscando ao Senhor mesmo quando uma lei colocava o rei da babilônia em primeiro lugar.

 

 

                                                    A adoração e a minha vida     i

 

Em nossos dias, também podemos viver tempos de crise, sejam conseqüências do nosso próprio pecado ou ainda circunstâncias geradas pelo mundo caído em que vivemos. Muitas vezes, pessoas são obrigadas a adaptar-se a uma nova realidade, seja a morte de um ente querido, ou ainda um divórcio inevitável, por exemplo. Entretanto, adaptar-se não significa contaminar-se. Tempos de provação ou tentação não são desculpas para que nos contaminemos com este mundo.

Uma nova e dura realidade não significa a ausência de Deus. Deus continua no controle da história. Como verdadeiros adoradores, vamos confiar e adorar a Deus independente das circunstâncias, buscando o perdão quando for o caso e clamando pela restauração do Senhor.

 

Por: Adriano Gonçalves

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